POR: carol ito
fotos: renato parada

O advogado e ativista
Renan Quinalha investiga
como a ditadura alavancou
a repressão contra grupos
LGBTs no Brasil

Ditadura e
LGBTfobia

Desde a graduação,
Renan Quinalha pesquisa
sobre assuntos ligados
à diversidade sexual e
ao legado da ditadura
militar no Brasil
Em sua tese de doutorado,
o advogado e ativista
investigou as políticas de
repressão contra grupos LGBTs
durante o período mais sombrio
de nossa história recente
A pesquisa resultou no
livro “Contra a moral e
os bons costumes”, lançado
em setembro de 2021
no período”, diz Renan
repressão foi concretizada
mas me interessa
entender como a
ditadura,
A LGBTfobia no Brasil
não começou com a
Para ele, investigar
os mecanismos políticos e
culturais contra LGBTs ajuda
a compreender o quanto a
ditadura ainda está enraizada
na sociedade brasileira 
e privada das pessoas,
nos afetos, nos desejos”
adentrar na
vida íntima
é o regime, mais ele tenta
“Quanto mais AUTORITÁRIO
“Acho assustadora a
quantidade de semelhanças
com o que a gente está
vivendo hoje”, diz ele,
sobre o retrocesso de
políticas públicas focadas
no público LGBT
Mas mesmo em períodos de
grande repressão, grupos
LGBTs foram às ruas para
lutar por seus direitos
Renan destaca o grupo
SOMOS, que foi pioneiro
ao se organizar em São
Paulo, a partir de 1978
vários outros grupos
se formaram pelo país”
da identidade
homossexual
grupo de
afirmação
“A partir do SOMOS,
que se definia como
“Mesmo com toda a violência policial, perseguições,
censura e medo, foi
possível a constituição
de um movimento
homossexual no Brasil”
sociais”, completa
mudanças
também há pessoas
tentando fazer
resistência,
“Sempre onde tem
repressão, tem

é outra
conversa.