Elas querem
passar
Perguntamos às seguidoras
da Tpm quais técnicas elas
usam para fugir do assédio
nas ruas. Mas, afinal,
como conquistar o direito
de andar sem medo?
Por: Nathalia Zaccaro
Foto: Ryoji Iwata/ unsplash
Violência de gênero no
Brasil está longe de ser
exclusividade das ruas,
mas é ao andar pelas cidades
que muitas mulheres se
sentem mais vulneráveis
Foto: Zhuo Cheng You/ unsplash
Roupas largas, fones que
protegem os ouvidos dos
assédios e uma vigília
constante fazem parte
do cotidiano feminino
no espaço urbano
Foto: Garry Knight/ creative commons
“Evito andar sozinha
à noite e não ando em
lugares mal iluminados”,
conta a advogada
Flávia Shimizu à Tpm
Foto: Ryoji Iwata/ unsplash
De acordo com o Fórum
Brasileiro de Segurança
Pública, a cada sete horas
um feminicídio acontece no
Brasil. Estes são os casos
em que as mulheres são
vítimas exclusivamente
por causa de seu gênero
Foto: Jacky Watt/ unsplash
“Não dá para andar na rua
sem medo. Eu olho para os
lados pra mostrar que estou
alerta, troco de calçada…
Parece que somos treinadas
a vida toda e fica meio
automático”, conta a
arquiteta Eliz Freitas
Foto: Geoffroy Hauwen/ unsplash
Essa sensação constante de autodefesa não é à toa. No Brasil, o número de estupros
é alarmante: são 180 casos
por dia no país e 81% das
vítimas são mulheres
Foto: Kai Wei/ unsplash
Em 2018, o coletivo Think
Olga lançou o documentário
“Chega de Fiu Fiu”, que
acompanha a rotina de mulheres
de três cidades brasileiras
em que a violência de gênero
é altíssima no espaço
público urbano
Foto: Pablo Heimplatz/ unsplash
Isso não é novidade para
Anna Laura, leitora da Tpm:
“Não importa se você
quer ir na esquina comprar um refrigerante você
vai ser assediada”
Foto: Keshia Hannam/ unsplash
“Eu sempre fico de fone
de ouvido e óculos escuros
pra não ouvir nem manter
contato visual. Se tenho
que passar por mais de dois
homens juntos na calçada,
logo atravesso a rua”,
contou Andressa à Tpm
Foto: Steven L Johnson/ creative commons
Pensando nisso, em 2017,
a Tpm questionou: e se
as cidades foram feitas
para as mulheres? Sob o
ponto de vista feminino,
especialistas levantaram
soluções de mobilidade, acessibilidade e segurança
Foto: Infradept/ creative commons
Como conclusão, uma coisa
ficou evidente: as discussões
sempre esbarram no problema
da falta de mulheres atuando
nos governos e na gestão
do planejamento urbano
Foto: Ryoji Iwata/ unsplash
Sem elas, as políticas
públicas seguem sendo pensadas
na perspectiva masculina
– em geral, por homens
brancos, heterossexuais,
de classe média ou alta
Foto: World Bank Photo Collection/ creative commons
A arquiteta Priscila Gama,
homenageada pelo Trip
Transformadores em 2019,
é uma das mulheres que
trabalha pela segurança das
mulheres no espaço urbano
Foto: Christoph Theisinger/ unsplash
Ela desenvolveu o aplicativo
Malalai, que oferece um
mapeamento colaborativo
das rotas mais seguras
para andar sem medo
Foto: Guilherme Stecanella/ unsplash
A luta das mulheres é para
que soluções como estas sejam
cada vez menos necessárias
Foto: Ryoji Iwata/ unsplash
E os corpos femininos que
se movimentam pelas ruas não
deixam esquecer que esta é
uma luta cotidiana, que exige
educação e ação pelo direito
ao espaço urbano
Foto: Charisse Kenion/ unsplash
Sem pedir licença nem
estarem atentas ao redor,
as mulheres querem passar
Foto: Infradept/ creative commons
é outra
conversa.
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