IMAGENS: JOÃO ARRAES/REPRODUÇÃO POR: CAROL ITO

Sucesso na internet,
a artista mineira vem
dominando a cena pop
ao cantar sobre suas
vivências, paixões
e ambições

A fúria
de Urias

Da periferia de Uberlândia (MG),
Urias sempre nutriu o sonho de
trabalhar com arte. O primeiro
passo veio com a dança de rua,
ainda na infância
Na adolescência, em apresentações
informais para amigos e família,
ela descobriu a habilidade
de cantar
VÍDEO: REPRODUÇÃO
Foi com Pabllo Vittar, drag que
também cresceu em Uberlândia,
que ela dividiu os primeiros rolês
e palcos improvisados
“A gente ficava cantando, ou
melhor, gritando nas praças,
nas filas das baladas, em
todo lugar. O hit favorito
era ‘Love on top’, da Beyoncé”,
CONTA URIAS
Em busca de uma profissão,
se aventurou pelo mundo da moda,
antes de mergulhar de vez na
música. Seu primeiro desfile foi
na São Paulo Fashion Week 
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A mineira também trabalhou
como assistente pessoal de
Pabllo Vittar, época em que pode
conhecer os bastidores do showbiz
e se reaproximar da música 
“As coisas estavam dando
certo para Pabllo, então,
resolvi tentar também. A
gente sempre dizia que uma
iria puxar a outra”
Em 2018, Urias começou a
postar gravações de covers de
artistas como O Rappa e Alcione,
que renderam milhões de
visualizações no YouTube
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O sucesso na internet chamou a
atenção de produtores musicais.
Então, ela deu início à gravação
do primeiro disco

FÚRIA

Em suas composições, ela narra suas
vivências enquanto mulher trans,
sempre em diálogo com experiências
e sentimentos universais 
“Quando escrevo as músicas
não penso em um público
determinado, mas direciono
para as diversas
possibilidades que elas abrem”
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“Trazer minha perspectiva
como mulher trans também
é uma Forma de humanizar
nossas relações”
Para ela, representatividade vai
muito além de ocupar espaços antes
negados às pessoas LGBTQs 
“A GENTE NÃO PODE FICAR NA
REPRESENTATIVIDADE PELA
REPRESENTATIVIDADE. É MUITO
RUIM CHEGAR NUM LUGAR E
VER QUE SOU A ÚNICA TRANS,
ISSO QUER DIZER QUE ESTOU
PREENCHENDO UM PAPEL QUE
FOI COLOCADO PARA PESSOAS
COMO EU”
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“Até porque não tem como
representar a comunidade
trans inteira. Existem outros
tipos de etnia, de corpo e
mesmo de transexualidade” 
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“Estamos começando a
entender que podemos
sonhar. É isso que
representatividade significa
pra mim. Onde eu puder
ocupar, vou estar lá”

é outra
conversa.