Sucesso na internet, a artista mineira vem dominando a cena pop ao cantar sobre suas vivências, paixões e ambições
A fúria de Urias
Da periferia de Uberlândia (MG), Urias sempre nutriu o sonho de trabalhar com arte. O primeiro passo veio com a dança de rua, ainda na infância
Na adolescência, em apresentações informais para amigos e família, ela descobriu a habilidade de cantar
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Foi com Pabllo Vittar, drag que também cresceu em Uberlândia, que ela dividiu os primeiros rolês e palcos improvisados
“A gente ficava cantando, ou melhor, gritando nas praças, nas filas das baladas, em todo lugar. O hit favorito era ‘Love on top’, da Beyoncé”,
CONTA URIAS
Em busca de uma profissão, se aventurou pelo mundo da moda, antes de mergulhar de vez na música. Seu primeiro desfile foi na São Paulo Fashion Week
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A mineira também trabalhou como assistente pessoal de Pabllo Vittar, época em que pode conhecer os bastidores do showbiz e se reaproximar da música
“As coisas estavam dando certo para Pabllo, então, resolvi tentar também. A gente sempre dizia que uma iria puxar a outra”
Em 2018, Urias começou a postar gravações de covers de artistas como O Rappa e Alcione, que renderam milhões de visualizações no YouTube
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O sucesso na internet chamou a atenção de produtores musicais. Então, ela deu início à gravação do primeiro disco
FÚRIA
Em suas composições, ela narra suas vivências enquanto mulher trans, sempre em diálogo com experiências e sentimentos universais
“Quando escrevo as músicas não penso em um público determinado, mas direciono para as diversas possibilidades que elas abrem”
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“Trazer minha perspectiva como mulher trans também é uma Forma de humanizar nossas relações”
Para ela, representatividade vai muito além de ocupar espaços antes negados às pessoas LGBTQs
“A GENTE NÃO PODE FICAR NA REPRESENTATIVIDADE PELA REPRESENTATIVIDADE. É MUITO RUIM CHEGAR NUM LUGAR E VER QUE SOU A ÚNICA TRANS, ISSO QUER DIZER QUE ESTOU PREENCHENDO UM PAPEL QUE FOI COLOCADO PARA PESSOAS COMO EU”
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“Até porque não tem como representar a comunidade trans inteira. Existem outros tipos de etnia, de corpo e mesmo de transexualidade”
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“Estamos começando a entender que podemos sonhar. É isso que representatividade significa pra mim. Onde eu puder ocupar, vou estar lá”