Educadora parental e mãe de quatro, Lua Barros acredita que o respeito, o diálogo e o vínculo são componentes fundamentais na relação entre pais e filhos
5 reflexões sobre a nossa relação com as crianças
Pernambucana e mãe de João, Irene, Teresa e Joaquim, Lua Barros discute a importância dos adultos se perceberem no processo de educar uma criança e experimentarem uma parentalidade mais saudável
Foto: Arquivo Pessoal
A educadora parental é apresentadora do podcast Dilemas, feito em parceria com Pedro Fonseca, seu companheiro e pai de seus filhos, e autora do livro "Eu Não Nasci Mãe"
Foto: Arquivo Pessoal
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“É um livro-relato de uma mulher que não estava pronta, não planejou ter 4 filhos, não sabia o que era educar uma criança, mas que topou aprender", conta
“A gente chega achando que sabe um monte de coisa, achando que tem um monte de conhecimento herdado, mas não tem”, explica Lua
“E tem, óbvio, instinto materno, instinto paterno, que podem ser recursos, mas contar só com isso é pouco quando a gente tem uma criança nesse mundo de hoje, com as demandas de hoje”
Aqui, ela divide 5 reflexões sobre a nossa relação com as crianças
Foto: Pablo Saborido / Trip
1.
NÃO TEMOS TODAS AS RESPOSTAS
Acreditamos que ao nos tornamos pais e mães seremos presenteados com um saber sagrado que vai nos conduzir por momentos difíceis e desafiadores. Mas não é bem assim
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Todo pai e toda mãe vai se perceber em algum momento sem resposta e tá tudo bem. São nessas situações que mais aprendemos sobre eles e sobre nós
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Precisamos deixar de usar pronome possessivo com os filhos. Eles não são nossos
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2.
FILHOS NÃO SÃO NOSSA CONTINUIDADE E NEM PROPRIEDADE
Podemos, como pais e mães, ajudar esses indivíduos a pertencer a eles próprios, pois só assim eles poderão ser livres
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Sempre que eles se comportam de um jeito que nos desagrada, a tendência é reagir. Mas todo comportamento quer nos dizer algo
Foto: Arquivo Pessoal
3.
TODO COMPORTAMENTO COMUNICA ALGO
Foto: Arquivo Pessoal
Antes de querer encerrar a birra ou dar aquela resposta atravessada, que tal tentar entender o que a criança está querendo dizer ou o que ela está precisando?
É bonito encerrar ciclos de ausências, violências e silenciamentos carregados geração após geração nas famílias
Foto: Pablo Saborido / Trip
4.
SOMOS CAPAZES DE DAR O QUE NÃO TIVEMOS
Somos capazes de dar o que não recebemos e isso não tem nada a ver com bens materiais. Tem a ver com o entendimento sobre a nossa história e a decisão de fazer diferente
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O convívio com crianças pode ser um caminho de reconexão com aquilo que somos, mas esquecemos
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5.
A LIBERDADE DA CRIANÇA PRECISA SER UM ESPELHO PARA OS ADULTOS
Essa busca pelo propósito, pela vocação, pela alegria de viver está bem na sua frente. Precisamos deixar a luz desses pequenos nos preencher para que o cuidar seja leve