A instrutora de mindfulness Moira Malzoni defende a compaixão como um dos caminhos para a atenção plena
Além de propor um mergulho reflexivo sobre o crescimento das mulheres na vida pessoal e profissional, a Casa Tpm deste ano envolveu as convidadas em outro tipo de imersão: a da mente. Afinal, dedicar alguns minutos para entender o nosso fluxo de pensamentos e aprender a aceitá-los tem tudo a ver com saúde e com noções de “poder, sucesso e felicidade”, tema do evento deste ano.
Moira Malzoni, instrutora e cofundadora do estúdio de meditação Moved by Mindfulness, levou uma experiência com a técnica de atenção plena para a plateia do evento. "Como a gente começa a se aproximar desse órgão [o cérebro], que é o mais importante do nosso corpo? Como pegar intimidade e amizade com ele?", questionou.
Após pedir que a plateia fizesse uma auto-observação durante um minuto de silêncio, Moira explicou que ser gentil e ter compaixão consigo mesmo é o ponto de partida para quem deseja praticar o mindfulness no dia a dia. “O componente da gentileza é importante. Não é só perceber que estamos cheias de pensamentos, é perceber e falar: 'Tá tudo bem'", ensinou.
Porém, a experiência do mindfulness não para por aí. Moira garante que os exercícios se tornam mais eficazes com a regularidade. Por isso, a instrutora listou oito dicas para quem quer inserir a prática na rotina. Veja abaixo.
- Seja gentil com seus pensamentos
Autocompaixão significa perceber uma situação que causa sofrimento e ter a intenção de aliviar esse sofrimento. Quando um pensamento causar dor, pense no pode ser feito para amenizá-la.
- Use técnicas de respiração
Para praticar o mindfulness no dia a dia, é preciso trabalhar com âncoras de atenção. Uma das mais recomendadas é a respiração. Comece devagar. Concentre-se só no movimento de inspirar, por exemplo.
- Escolha um lugar
Para quem está começando, é essencial a definição de um lugar e de um tempo para ajudar na concentração. De preferência, sem ruídos externos. Não esqueça de manter a postura ereta.
- Comece com um instrutor
Para quem não é autodidata, um instrutor, de preferência certificado, pode ajudar a vencer as dificuldades iniciais.
- Mantenha a regularidade
É melhor praticar menos minutos por dia do que muitos minutos em dias espaçados.
- Amplie, aos poucos, para pequenos momentos
É possível praticar a atenção plena mesmo quando se está exercendo uma atividade não meditativa. Você pode, por exemplo, se concentrar mais na sua comida quando estiver almoçando. Simples!
- Não inicie a prática em picos de ansiedade ou depressão
Prefira momentos tranquilos para se dedicar à prática e aproveitar melhor seus benefícios.
- Reflita sobre a prática
Após os exercícios, questione-se: “Perdi alguns minutos porque meditei ou ganhei minutos porque consigo me concentrar melhor no que estou fazendo?”
Créditos
Imagem principal: Zé Proença
