por Gol Linhas Aéreas

Lugar de mulher também é no futebol

apresentado por Gol Linhas Aéreas

Em ano de Copa, a GOL Linhas Aéreas trouxe a discussão sobre o futebol feminino à Casa Tpm 2018. A transportadora aérea oficial das seleções brasileiras promoveu o debate “Mulheres e o Futebol”

De acordo com o gerente de marketing da GOL, German Carmona, a ideia do talk da Gol na Capa Tpm 2018 foi “debater o futebol, uma área predominantemente masculina na discussão e na televisão, dando espaço para mulheres contarem a realidade sem filtro e abrirem a cabeça da sociedade”.

Para antecipar um dos últimos debates do evento, a empresa instalou uma mesa de pebolim na área externa do Nacional Clube e foi sucesso entre adultos e crianças, que jogaram a tarde inteira.

"Todos os preconceitos se manifestam muito na miúda. Pensei em abrir a mesa perguntando como foi que cada uma se interessou por futebol e a Renata [de Medeiros] já tinha me dado um toque antes: 'Não é uma pergunta que você faria para um homem, né?'." Foi dessa forma que a jornalista e mediadora da mesa apresentada pela Gol, Milly Lacombe, abriu a conversa às 19 horas no domingo, falando sobre preconceito.

As convidadas Renata de Medeiros, repórter e produtora esportiva da Rádio Gaúcha, Alessandra Xavier, apresentadora do canal do YouTube Desimpedidos e Paula Pires, lateral-direita do Corinthians, seguiram dando suas opiniões.

Paula começou trazendo a sororidade no futebol feminino. Ela conta que o time perdeu a final do campeonato brasileiro para o Santos, mas que não ficou tão abalada com a derrota. "Perdemos de 2 x 0 para elas, mas fiquei muito feliz. Não por ter perdido, claro, mas por ver o futebol feminino em evolução", explica ela.

“No time masculino parece que os interesses são divididos entre futebol, cabelo, brinco e dinheiro”
Ale Xavier

Durante a conversa, ela ressaltou bastante a admiração pelas colegas, até as adversárias, evidenciando uma verdadeira paixão pelo esporte. Tanto que Alessandra colocou a seleção da Copa do Mundo de 2018 em cheque. "No time masculino, parece que os interesses são divididos entre futebol, cabelo, brinco e dinheiro. Sempre tem algo que não é o futebol sendo o foco", colocou na mesa.

Elas concordaram que, por conta de futebol feminino enfrentar dificuldades, as jogadoras estão ali porque sabem e querem jogar. As convidadas citaram casos de entrevistados assediadores, chefes que questionaram suas apurações e até se elas não trocaram favores sexuais por informações. No início do ano, Renata sofreu agressões da torcida em um jogo que foi cobrir. Ela filmou o agressor, fez uma denúncia e seguiu judicialmente contra ele.

O vídeo gerou o movimento #DeixaElaTrabalhar, que em pouco tempo contou com mais de 50 jornalistas mulheres relatando assédios e agressões durante o trabalho, como ocorreu recentemente durante a Copa do Mundo com uma repórter da Globo. "São ocasiões que só constrangem a vítima. O nome do cara que me agrediu não foi citado em nenhuma matéria. Se buscarem meu nome na internet, vai estar lá: 'Repórter é agredida em jogo do Grêmio contra Internacional'", explica Renata.

O recado delas é claro: a sociedade precisa se acostumar com mulheres jogando, narrando e reportando no futebol. Elas sabem o que fazem, igualmente ou melhor que os colegas homens. Muito pelo contrário, a luta para abrir mais espaço para mulheres em todo lugar continua, inclusive no futebol.

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