por Redação

A repórter Renata Leão conta como descobriu uma comunidade zulu fã de skate

Renata estava em Durban, na África do Sul, visitando uma feira de turismo quando conheceu Dallas Oberholzer ? um cara loiro, cabeludo, com um skate em baixo do braço ? como todos os outros skatistas no mundo. ?A gente se olhou e começou a conversar. Como ele diz, rolou uma ?connection??. Dallas entregou a ela um folheto sobre seu projeto de skate e a convidou para conhecê-lo. Renata achou que era apenas uma rampa em um lugar maravilhoso, mas mesmo assim ficou curiosa.

Marcaram para o mesmo dia. ?Estava com um monte de jornalistas, mas ninguém quis ir comigo.? O único que topou acompanhá-la foi o fotógrafo da matéria, Rogério Voltan, que também estava curioso e não queria que ela fosse sozinha. Dallas deixou seu estande na feira e foi buscá-los em uma caminhonete emprestada por um amigo.

Os três já viajavam há três horas, quando o skatista parou o carro no topo da estrada e apontou para baixo. ?O lugar maravilhoso que eu imaginava era na verdade Kwa Ximba, um vilarejo dos mais roots de Durban. Delirei quando vi as casinhas redondas e as crianças brincando?, conta Renata. O projeto de Dallas é na verdade um processo de integração pós-apartheid, levando o skate para as comunidades nativas do país. A tal ?connection? foi tanta que, mesmo sendo o Zulu o idioma oficial do lugar, eles conseguiram se comunicar misturando inglês e mímica. ?Eu e o Rogério nos abraçávamos de felicidade por estar ali.?

O resultado é a reportagem que você lê aqui, matéria da TRIP # 125
fechar