Especial 32 anos da Trip: Acolhimento

por Redação
Trip #278

Seremos mais felizes conforme possamos nos sentir seguros, acolhidos e protegidos na família, na comunidade e na sociedade em que vivemos

Neste ano, em que celebramos o 32º aniversário da Trip, decidimos selecionar imagens, ideias, reportagens e personagens que, ao longo dessas décadas, traduzem com graça nossos temas de interesse e nos ajudam a clarear o olhar da revista para o mundo.

São 12 os pilares que fundamentam nosso projeto editorial: Corpo, Alimentação, Trabalho, Sono, Teto, Saber, Liberdade, Biosfera, Conexão, Diversidade, Acolhimento e Desprendimento. Foi um mergulho prazeroso e profundo em nossa história.

Todo este conteúdo foi acrescido de informações e novas entrevistas com personagens que protagonizaram passagens importantes da trajetória da Trip. Seguimos sempre em frente.

2012
#213 | Tema: Amizade

A herança de Escobar

Por Bruno Torturra Nogueira

O que fazer quando seu papai é o maior traficante de drogas e um dos maiores bilionários do mundo? Duas décadas depois [em 2012] da morte de Pablo Escobar, seu filho, Juan Pablo Escobar (ou Sebastián Marroquín, como se chama agora), encara sua história e assume o papel de “filho pacifista” que seu pai lhe deixou. “É claro que eu reconheço esse homem do crime. Mas, dentro de casa, ele era meu papai”, diz.

Em Pecados do meu pai, filme de 2009, dirigido por Nicolas Entel, Sebastián narra sua história e muito mais do que isso, vai a público fazer uma análise do legado de seu pai, em uma tentativa real de reconciliação com seu passado. Ele se encontrou com os filhos das vítimas mais emblemáticas de Escobar, Rodrigo Lara Bonilla (ministro de Justiça) e Luis Carlos Galán (candidato à presidência, assassinado antes das eleições de 1989), e pediu perdão pelos crimes de Pablo.

E agora?

Em 2014, Sebastián Marroquín lançou o livro Pablo Escobar, meu pai, contando episódios inéditos de sua trajetória. Em junho deste ano, aos 41 anos, ele e sua mãe foram processados pela justiça da Argentina, onde moram. Os dois teriam facilitado a lavagem de dinheiro do traficante colombiano Piedrahita Ceballos, em troca de comissão. Em resposta, Sebastián disse ao jornal argentino La Nación que vem sofrendo “bullying judicial e midiático”.

2015
#247 | Tema: Utopia

Admirável mundo novo?

Por Eda Nagayama | Foto de Maurizio Longobardi

Trip conversa com quatro dos 300 mil imigrantes que tentaram cruzar o Mediterrâneo [até setembro de 2015] atrás de uma vida melhor: os nigerianos David e Osas e as nativas da Costa do Marfim Massami e Bamba.

No ano de 2015, 300 mil pessoas tentaram cruzar o Mediterrâneo em direção à Europa em busca de uma vida nova, deixando para trás guerras, conflitos e perseguições. No mesmo período, foram contabilizadas oficialmente pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) 1.867 mortes que não puderam ser evitadas pelas operações de 114 milhões de euros da Frontex, agência europeia para as fronteiras externas da comunidade. 

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E agora?

No ano passado, 166.143 pessoas atravessaram o Mediterrâneo, um número bem menor ao total de 2015 (924.147), quando 500 mil imigrantes chegaram à Grécia, de acordo com dados da OIM (Organização Internacional para as Migrações), da ONU. Em agosto, a ONU alertou que a imigração de venezuelanos se assemelha à crise de refugiados no Mediterrâneo. Desde 2015, mais de 2 milhões de venezuelanos migraram para países vizinhos, de acordo com a OMS. Cerca de 50 mil deles se fixaram no Brasil. 

2007

#158 | Tema: Qual é a sua turma?

Já faz parte da família

Por Luara Calvi Anic

Elas dormem na casa dos patrões, acolhem uma família que não é a delas e, em muitas vezes, deixam de dar amor aos próprios filhos para cuidar dos rebentos dos outros. Saiba por que as empregadas domésticas são o melhor exemplo do esgarçado limite entre público e privado no Brasil. A relação de Margarida Santana (na foto acima) é tão familiar que há mais de um ano não recebe o salário devido, R$ 500.

E agora?

Em 2018, a PEC das domésticas, que regulamentou a jornada de trabalho a oito horas diárias e o pagamento de horas extras, completou cinco anos. Em 2015, se tornou obrigatório o recolhimento do FGTS e o pagamento de seguro-desemprego. No mesmo ano, foi lançado o filme Que horas ela volta?, dirigido por Anna Muylaert, que mostra a vida de uma doméstica (Regina Casé) que mora na casa dos patrões.

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