Quadrinho marginal

por Carol Nogueira

De Zap Comix a Angeli, HQs underground ganham exposição no Centro Cultural São Paulo

 

Paulo Monteiro sempre foi apaixonado por quadrinhos. De tanto gostar e ler sobre o assunto, o artista plástico e curador de artes visuais do Centro Cultural São Paulo nem acreditou quando viu, entre tantos quadrinhos do acervo da Gibiteca Henfil, um exemplar da primeira edição da HQ Zap Comix - a mais famosa de todas as que surgiram como parte da contracultura americana no final dos anos 1960. Muito dessa fama se deve ao trabalho do cartunista Robert Crumb, que mesmo hoje, anos depois, ainda é referência para muitos cartunistas. Aqui no Brasil, um de seus fãs declarados é o cartunista Angeli.

O primeiro número que Paulo encontrou no acervo da Gibiteca, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), acabou servindo de inspiração para montar uma exposição em homenagem aos mais de 40 anos do surgimento dos chamados quadrinhos marginais (underground comix). Pesquisando dentro do próprio acervo, encontrou alguns exemplares dos mais marcantes, e montou a exposição Quadrinho Marginal - 40 anos, em cartaz desde o último sábado (17/10).

Quem passar pela mostra também poderá apanhar cópias dos quadrinhos em fac-símile para acompanhar as aventuras de heróis e anti-heróis, além de conferir as capas e páginas internas originais de HQs desde a Zap Comix até a Sociedade Radioativa, passando por RipOff e Fabulous Furry Freak Brothers, as nacionais Boca, Balão, Papagaio e alguns trabalhos de Lourenço Mutarelli, e muitas outras.

Onde: Gibiteca Henfil, no Centro Cultural São Paulo (R. Vergueiro, 1000 - Paraíso)
Quando: de terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. Até 14/12
Quanto: gratuito

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