por Marcelo Bortoloti

Surge no Rio de Janeiro um ritmo que quer abalar as bases da ordem burguesa: o rock metalmarxista

O som é pesado. Guitarras cortantes e bateria esmurrada. As letras atacam os eternos inimigos da classe operária: burguesia, Igreja e propriedade privada. Líder do movimento metalmarxista, a banda carioca Luta de Classes tem em suas fileiras quatro jovens proletários e comunistas até a medula. ?Marx não é para acadêmicos, é para o proletariado?, prega Róbson Leal, baterista e autor das letras revolucionárias. Quer sentir o clima? Então presta atenção na canção ?Leia Marx?: ?Se você vai pro trabalho com ódio do patrão/ Sem recompensa, só labuta, esporro e humilhação/ Fique esperto, abra os olhos, se informe meu irmão/ Saiba que o salário é uma forma de escravidão/ Leia Marx!?. A banda já fez vários shows no Rio, mas dispensa barzi-nhos da moda e casas de espetáculo. Prefere tocar em presídios, favelas, na Central do Brasil para o trabalhador que está voltando para casa... A meta é transformar o metalmarxismo num movimento de bandas militantes que ajude a implantar o comunismo no Brasil através da revolução. ?É utopia achar que as coisas vão mudar naturalmente?, diz Róbson. Mas não se assuste. Ao contrário de alguns ídolos da música pop capitalista, os comunas-metaleiros não comem criancinhas. Quem quiser conspirar pode fazer contato: olbc77@bol.com.br.

 

(Marcelo Bortoloti)

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