por Marcos Candido

Para a fotógrafa paulistana Milena Seta, a mulher deve ser um retrato artístico

Milena Seta analisa o ambiente, calcula ângulos favoráveis e inicia um diálogo. À frente de sua lente estão modelos com as quais ela quer criar um vínculo, uma intimidade. Fotógrafa há quatro anos, aos 26 a paulistana hoje frequenta casas alheias em busca de um espaço para registrar o nu. "É um processo entre mim e as pessoas que fotografo", explica.

Da conversa, a fotografa maneja um cenário íntimo com poucas "amarras estéticas" no clique, mas que busque um mistério oculto e íntimo, que conheceu na carreira no audiovisual. Reconhecer que seu lugar era atrás das câmeras, entretanto, demandou uma passagem por jornalismo e design de interiores. Se formou em moda. Acabou em cinema. 

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"Sou regada a muitas referências". Em especial, Seta admira o cinema que apresenta uma sensualidade mais sensível.  A adaptação de A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, está em suas composições. "A mulher tem que ser retratada de uma forma poética", diz. Muitas vezes, ela mesma fica à vontade para capturar sua própria sensualidade. 

Hoje, em uma vida quase sem rotina, Milena mescla trabalhos com um tempo de lazer nos bares de São Paulo, cidade onde nasceu e vive. Na internet, publica as fotos que produz no Instagram e no Tumblr, mas nenhuma foto é acompanhada de legendas - elas são desnecessárias. "A fotografia vai além das palavras", diz. 

Vai Lá:  @eu.aurora

Créditos

Imagem principal: Milena Seta

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