por Luiz Alberto Mendes

”Amor tem mais a ver com mistério, magnetismo e alinhamento estrelar. Com o toque quente da mão amada que estremece e arrepia até os pelos mais íntimos”

Amor é isso que já não cabe mais em si somente.

Essa corrida desesperada para lugar algum que nada mais é que a necessidade humana de sair de si, das paredes que nos entrincheiramos defendidos.

Não tem nada a ver com pagamentos ou mesmo razão.

Nada a ver somente com educação, inteligência, simpatia ou conhecimento antecipado.

Tem mais a ver com mistério, magnetismo e alinhamento estrelar. Com o toque quente da mão amada que estremece e arrepia até os pelos mais íntimos.

Pelo prazer em brigar, em implicar, com o sorriso que galvaniza, o beijo que derrete e quase faz perder os sentidos.

Entregas e fragilidades inesperadas.

Ama-se sem sentido.

Sem porquês, pelo sabor da pele, pelo perfume, pelo modo de olhar, pela modulação da voz, ou somente por desespero, pela angústia que a vida nos causa.

Geralmente esquecemos do mais simples: um ser humano carece de cuidado, carinho e atenção.

Isso não pode ser uma recompensa, não pode ser um abono, uma consequência, uma dádiva e nem mesmo um estímulo. Este é um alimento básico para que a psique humana se desenvolva saudável.

Esta deveria ser nossa consciência acerca dos outros. Cada um deles é um outro eu que carece, basicamente, do que eu necessito para viver.

O sábio: "faça aos outros o que queres que te façam."

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Créditos

Imagem principal: Ryan McGuire

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