por Luiz Alberto Mendes

”O que nós fazemos de nós tem completa relação com o que os outros fazem de si”

Não somos o que idealizamos ou o que queremos ser. Por isso que a auto-sugestão e as teorias de auto-ajuda são lavagem cerebral e só funcionam por algum tempo. Nós somos aquilo que conseguirmos, com nossas forças e inteligências, nos fazer ser. Nem um pouquinho mais e nem menos. Do tamanho e peso de acordo com nossas necessidades e esforços.

Na maioria das vezes estamos perdidos. Não sabemos do que ou de quem, simplesmente não sabemos para onde ir. Dizem que estamos em busca. Embora não saibamos ao certo do que, perguntamos: será que um dia encontraremos e, a maior das questões: ficaremos satisfeitos?

Mas será que nosso projeto de ser a nós mesmos é verdadeiro, dá certo? Difícil de avaliar porque a capacidade auto-crítica, ser verdadeiro consigo mesmo, nem sempre funciona a contento.

A "prova dos nove" esta no outro. Se a maioria dos homens escolherem se fazerem parecido com o que estou procurando me fazer, a vida social seria mais viável? Seríamos mais felizes, teríamos mais satisfação e sentido em viver? Eliminaríamos a tristeza, a angústia e a depressão?

Caso eu me faça justo, útil, generoso, bom amigo, enfim ético e moral, é óbvio que a convivência social tornar-se viável, satisfatória e até muito mais agradável. Mas, é evidente que, se minhas escolhas forem outras, por exemplo: ser oportunista, criminoso, egoísta e mesquinho, é evidente que a convivência com os outros será dificultosa e se provará impossível. Os outros não são bobos e ninguém merece ser explorado por ninguém.

O que nós fazemos de nós tem completa relação com o que os outros fazem de si. Estamos coligados e em empolgante processo de coexistência. É ai que nos tornamos iguais, humanos, enfim.

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