por Marcos Candido

Atriz e cantora Karine Carvalho, que lança seu primeiro disco, Galega Hits, é protagonista da edição de julho da coluna do fotógrafo Jorge Bispo na Trip

No início de julho, Karine Carvalho foi convidada por Jorge Bispo para passar uma tarde no famoso apartamento do fotógrafo, no Rio de Janeiro. "Ele pediu para que eu levasse meu novo acervo de roupas - especialmente os maiôs", ela conta. O tal do novo guarda-roupa tem uma razão de ser: em agosto, Karine lança Galega Hits, álbum com composições próprias, escritas ao longo dos últimos oito anos, que marca a estreia de Karine na carreira de cantora. Para este momento, ela decidiu que precisava de um novo nome (agora, atende por Galega - "E ela é uma galega linda, forte e que não tem medo de arriscar", diz o fotógrafo carioca) e um figurino mais ousado. Foi daí que surgiu a ideia de convocar Bispo para traduzir tudo isso em imagens.

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Ao fim, o ensaio feito para estampar a capa do disco fez Karine se animar a encarar um ensaio sensual completo, que ilustra esta edição da coluna do Jorge Bispo na Trip. "Me deixei ser fotografada não para me ver num posto de mulher objeto", diz. "Mas para mostrar que a mulher pode demonstrar seus peitos como forma de poder. É um meio para mostrar como estamos plenamente livres para exercer nossa sensualidade e beleza", decreta.

Antes de cantar

A relação com a arte de Karina não nasce diretamente com a música. Antes, ainda na adolescência, ela começou sua trajetória como atriz em Chiquititas, em 1998, no SBT, e, mais tarde, esteve em várias produções da Globo - a última delas, Joia Rara, em 2013. No cinema, viveu a personagem Eugênia Câmara em Brasília 18%, filme dirigido pelo gigante Nelson Pereira dos Santos, um dos principais cineastas do Cinema Novo, cujo currículo conta com clássicos como Rio, 40 Graus, Vidas Secas e Memórias do Cárcere.

Foi só em 2008 que a carreira de Karine começou a se transformar até chegar ao momento atual. Na época, foi convidada a gravar uma das faixas do projeto 3 Na Massa - encabeçado por alguns membros da banda Nação Zumbi - e a música que ela cantou havia sido composta pelo ex-marido Rodrigo Amarante (Los Hermanos).

O que era uma experiência tornou-se um chamado da música e, segundo conta, sentiu que era hora de parar de jogar fora "todas as paradas" que escrevia e guardava para si mesma. Com a dedicação e o passar do tempo, conta ter "aprendido coisa pra caralho". E assim veio a certeza de Karine: "Decidi que era hora de fazer uma parada só minha, me reinventar". E se reinventou, Galega.

Créditos

Imagem principal: Jorge Bispo

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