Madeira praieira

David Weber faz (e ensina a construir) pranchas de madeira, à moda antiga

Em Florianópolis, o engenheiro David Weber largou o trabalho em uma empresa de telecomunicações para fazer pranchas de madeira, à moda antiga. "A ideia que me levou a construir pranchas diferentes foi a de utilizar materiais alternativos, que pudessem reunir sustentabilidade, tecnologia e arte", conta David. "Foi assim que encontrei a madeira como o material mais nobre que poderia ser utilizado, o mesmo das primeiras pranchas do passado, mostrando um novo caminho para o futuro."

Para criar cada prancha, David precisa de quase 60 horas de trabalho. Elas são feitas de paulowinia, uma árvore de origem asiática de madeira leve. "No surf não é possível deixar de lado a performance", diz David.

Há dois anos e meio, ele começou também a realizar workshops de quatro dias em que os participantes constroem as próprias pranchas. David vende mais de 20 modelos, da clássica alaia à criações próprias, com preços que variam de R$ 1.500 (a alaia) até R$ 9.200 (a katana 14, um prancha de SUP Race para competições) – mas a maioria das pranchas custa perto de R$ 3 mil.

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Para quem já fez o workshop ou quer se arriscar por conta própria, também é possível comprar kits para fazer sua própria prancha, desde apenas o projeto até um versão que inclui madeira e tudo mais. A versão completa da maioria das pranchas, com esqueleto já cortado, madeiras e todos os outros materiais necessários, custa em média R$ 1.600.

Agora, David quer levar o modelo de workshop para outros países. "Especialmente para lugares ao redor do mundo que estejam profundamente ligados ao surf." O primeiro, em Portugal, rola agora entre os dias 14 e 17 de setembro. "Este será um novo desafio, porque começaremos do zero, sem levar nada: conhecendo o lugar, montando as ferramentas, preparando e selecionando as madeiras", David conta. E completa: "É o início de um grande projeto sem fronteiras".

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