Daniel Izzo: é tempo de investir em nós

por Daniel Izzo

O idealizar do fundo de investimentos Vox Capital fala com propriedade: o momento atual é o mais apropriado para investimentos. Nada de guardar dinheiro, cabe a nós superar a recente crise brasileira!

Parar de apoiar novas iniciativas e guardar o dinheiro esperando tempos melhores é uma das reações mais comuns entre investidores em tempos de crise. Afinal de contas, quando tudo é in-certo, melhor apostar no que parece mais seguro e menos sujeito a mudanças.

Essa atitude, além de agravar a crise, pela menor circulação de dinheiro e por reduzir investimen-tos em inovação, também coloca em outra pessoa ou entidade a responsabilidade por fazer o trabalho necessário para que a crise passe. Tradicionalmente, essa responsabilidade sempre foi dada ao governo.

Acontece que a crise atual não é só econômica, ela é, principalmente, política e de confiança. E não é porque hoje o governo é mais corrupto do que antigamente. É que a transparência cada vez maior exigida pela população e facilitada pelas novas tecnologias não permite mais que se jogue o jogo como antes. Só que parece que toda a liderança atual vai precisar cair para que eles se deem conta disso.

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Já que não dá pra contar com o governo agora, a responsabilidade por criar uma realidade melhor passa a ser só nossa. Guardar o dinheiro para depois, esperando a solução milagrosa, não vai mais funcionar. Esse é o momento de o empresariado e de os grandes investidores colocarem seus abundantes recursos em investimentos que vão fazer a diferença e criarem um futuro melhor. Mesmo porque, se a crise persistir e a situação piorar, o dinheiro parado no banco não vai fazer tanta diferença. Nem sair do país deve funcionar dessa vez, já que, com Trump, Brexit e o crescimento da extrema direita na Europa, sobraram poucas opções de lugares estáveis e tranqui-los no mundo.

O que se pede nesse momento é uma mudança de mentalidade em que teremos que colocar o bem-estar de nossos contemporâneos no mesmo patamar ou acima do bem-estar dos nossos consanguíneos de gerações vindouras. Mesmo porque, essas coisas não vêm separadas. Um mundo melhor agora significa um mundo melhor também para os meus descendentes. E, em uma lógica de abundância, quanto mais felizes forem as pessoas ao meu redor, melhor vai ser a minha vida. De nada adianta garantir a sua família quando todo o resto vai água abaixo. Imagine o ta-manho do muro que precisaria ser construído...

Estamos vivendo tempos interessantes, nos quais está cada vez mais claro que as coisas só vão melhorar mesmo para mim quando elas melhorarem para todos. A sociedade civil precisa se ver cada vez mais como um grupo que pode fazer a diferença e, superando as nossas diferenças, trabalhar em conjunto para fazer um país melhor.

 

Daniel Izzo foi homenageado pelo Trip Transformadores de 2016. Assista aqui a sua história. 

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