Grupo reúne trabalhos transformadores a eventos culturais
A palavra transformação é chave no trabalho da produtora We Will Rock. No caso, transformar o trabalho voluntário em participação em eventos culturais.
Querendo reunir dois mundos os amigos Thiago Botana, Kelvin Araki, Gabriel Santacreu e Pedro Hermano pensaram no seguinte: criar uma produtora cultural e de ações sociais para mudar a visão de pessoas e empresas sobre o voluntariado. Nas ações realizadas, quem contribui com um dia de trabalho em projetos sociais leva em troca tickets para o “Rock Day”, um evento com banda e DJs. “Um momento de recompensa e descontração", responde Thiago.
Empresa ou ONG? A dúvida sobre o que o grupo é também fica na cabeça de seus criadores, mas eles procuram se resumir a ideia original que tiveram. “Nós estamos mesclando terceiro setor, voluntariado e o entretenimento em uma mesma experiência. A WWR pode ser definida como uma experiência única, que tem como missão auxiliar quem sempre teve vontade de ser voluntário, oferecendo acesso à diversão e cultura. Queremos que as ações da We Will Rock sejam o primeiro passo do voluntário dentro do terceiro setor.”
Perto de completar um ano de trabalho, o grupo já acumula uma série de ações em São Paulo. Entre as maiores estão à revitalização do espaço de convivência do Solar Ear (ONG que fabrica aparelhos auditivos recarregáveis a luz solar, o Solar Ear) e a reforma de uma parte interna da Casa Hope. Duas ações associadas a trabalhos dentro das entidades. “No Solar Ear tivemos uma oficina de grafite com os jovens surdos que trabalham na linha de produção do aparelho, e na casa Hope fizemos diversas atividades com as crianças, desde teatro, brincadeiras de rodas e aulas de pintura”. Para os criadores isso é uma forma de conseguir todo tipo de voluntariado. “Algumas pessoas gostam de colocar a mão na massa e querem pintar, reformar, lixar e etc, já outros gostam de ensinar, brincar com as crianças, conversar com as pessoas”.
Mesmo com o pouco tempo já somam histórias valiosas em especial dos voluntários que participam das ações. “A história que mais marcou a gente foi de uma voluntária que estava com os olhos cheios de lágrimas depois de abraçar uma das crianças da casa Hope no final de uma ação, nos disse “Na correria do dia a dia a gente acaba esquecendo o valor que um sorriso e um abraço têm”. São essas histórias que nos fazem querer continuar fazendo mais e melhor".
A meta para o futuro do grupo é encontrar uma empresa parceira que apoie o trabalho, já que até o momento tudo foi feito com dinheiro do próprio bolso e com parceiros pontuais. Os planos são ambiciosos. “Queremos fazer mais ações, montar um calendário com todos os dias acontecendo um trabalho voluntário em uma comunidade ou instituição. Também não devemos deixar de lado o “Rock Day”, queremos oferecer a todos os voluntários shows e festas cada vez maiores, com grandes atrações. A ideia de mudar o mundo e se divertir não estão distantes e pode ser realizada através de uma única experiência”, finaliza Thiago.
