Vivienne Westwood, dama punk

por Bruna Bittencourt

Autobiografia de Vivienne Westwood chega (finalmente) ao Brasil

Era 1992 quando Vivienne Westwood entrou no Palácio de Buckingham para receber das mãos da Rainha Elizabeth II a Ordem do Império por sua contribuição à moda britânica. Vestindo blazer e saia, a estilista parecia comportada, mas logo mostrou aos fotógrafos que estava sem calcinha. “Vivienne é avis rara na moda. Punk de alma, genuína. Gosto de como, mesmo com todo sucesso, ela mantém seu espírito livre”, resume a jornalista Lilian Pacce.

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No livro Vivienne Westwood, traduzido agora para o português, temos toda a trajetória da estilista de 75 anos que ajudou a conceber o visual da cena punk com a mesma desenvoltura com que criou coleções de alta-costura. Seu lado ativista pelos direitos humanos e pela preservação ambiental também está registrado nas quase 500 páginas da autobiografia.

Vivienne foi professora primária antes de conhecer Malcolm McLaren, o empresário dos Sex Pistols. Com ele, concebeu as primeiras peças e fundou uma loja na King's Road, que depois se tornaria a lendária SEX. Nos anos 80, criou sua própria marca, que tem como diretor criativo Andreas Kronthaler, seu marido há mais de duas décadas e 25 anos mais jovem. “Muito além dos alfinetes de Sid Vicious, ela criou modelagens femininas e inovadoras, peças icônicas”, frisa Lilian. “Vivienne é destemida, tem humor e é politizada. O mundo precisa de pessoas como ela”, diz a estilista Rita Comparato. 

 

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