Saindo (de novo) do armário

por Lica Melzer
Tpm #93

Os cachos de Taís Araújo, as pinups, o look á la Pedrita e as manguinhas bufantes voltaram

Moda coquete soquete
Como já dito nesta coluna, no mundo cíclico da moda pouco se cria, muito se recria, bastante se transforma e, no fim das contas, tudo acaba tendo o seu “come back” um dia. E não seria diferente com a outrora adorada onda dancing days dos anos 80, das meias finas soquetes usadas com sandálias, a bordo de um look minissaia. Alguém se habilita? Christian Dior deu a largada com a onda girly – ou seria pinup? – no último Paris Fashion Week spring/summer 2010. Luxinho não está bem certa quanto ao futuro dessa new trend, mas, que tem cara de modinha passageira, ah, isso tem!

O retorno de Pedrita
Oscar de la Renta, Blumarine e Diane Von Furstenberg deram o OK para o look no inverno do hemisfério norte. Por aqui, para o verão, Triton, Animale e Paola Robba também apostaram no visual onça-pintada – vrai ou faux, aí vai depender da consciência ecológica de cada marca – como o must have das duas estações. Para completar o look rústico á la Pedrita, Gucci e Chanel relançaram babuchas: um dia antigas, não menos medievais, conhecidas como tamancas holandesas. Pronta para a festa à fantasia?

Afro is back
Taís Araújo vem dando o que falar com seus cachos e, literalmente, dando trabalho nos salões de beleza. Todo mundo quer o look “Helena” para ontem! Até aí, ponto para a democracia dos cabelos e para o fim da escravidão da chapinha. Um porém surge: o que farão as lulus de cabelo liso? Serão as moças escravizadas pelo baby liss? Ou as lojas de perucas terão suas cabeleiras crespas sold out? É um novo mercado surgindo. Louis Vuitton, em temporada de moda parisiense, anuncia que essa onda é para já.

A hora da manga
Ainda na onda democrática da moda, o tudo-pode do momento – inspiração anos 80 – fica por conta das mangas de vestidos, camisas e jaquetinhas a serem usadas na próxima estação. Se a cor do verão urra pelo pitanga/coral, as manguinhas bufantes, japonesas, pagode e uma infinidade de modelagens e denominações tiram o tédio do básico. Afinal, com tantas opções de acabamento de “adornos braçais”, será difícil alguém ficar de fora. Ainda assim, Luxinho adverte: nada de exageros para não ficar parecendo a Alice no país das maravilhas, OK?

* Lica Melzer, 36, fala de estilo e aberrações que viram febre. Se interessou por moda ao morar em Boston e Nova York. Seu e-mail: lica@trip.com.br

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