Mel Duarte: Poesia, hip-hop e resistência

por Bianka Vieira
Tpm #170

Com a gente, ela divide seus livros preferidos, autores queridos e poemas de cabeceira

A poeta Mel Duarte deu a letra na Flip deste ano e ganhou o campeonato mundial de poesia no Rio. Paulistana, ela percorre batalhas de poesia e agora lança seu segundo livro, Negra, Nua, Crua (Ed. Ljumaa). Aqui, ela divide seus livros preferidos, autores queridos e poemas de cabeceira.

1. Uma descoberta recente que te deixou encantada: Estou viciada no trabalho do Oshun, um duo feminino que mistura hip-hop e yorubá. Elas tocam incessantemente no meu play!

2. Uma rapper pra ouvir e se empoderar: Tássia Reis. Ela é parceirona, escreveu o prefácio do meu livro. Gosto muito das reflexões que traz e da postura que tem.

3. Uma página de poesia para quem quer conhecer coisa nova: A página Brasil Poetry Slam, que reúne informações sobre as batalhas de poesia que acontecem no país, principalmente na cidade de São Paulo.

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4. Uma poeta que te inspira: Gosto muito da Elisa Lucinda. Conheci a atriz antes da poeta e, desde então, ela já me chamava a atenção. Quando vi que também fazia algo pelo qual sou apaixonada [poesia], foi o máximo!

5.Um livro de poesia que te marcou: Quarto de despejo, da Carolina Maria de Jesus. A poesia dela é verdadeira, sem vícios e pretensão e de uma sensibilidade única. Uma vez sonhei com ela e tive certeza da minha missão com a escrita.

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6. Não é poeta mas também te inspira: Ozi Duarte, meu pai e grafiteiro. Cresci vendo ele pintar e isso me abriu a cabeça, me fez ser uma pessoa mais crítica e querer entender de arte, descobrir por que as pessoas têm essa necessidade de imprimir as suas vontades no muro.

7. Um poema que parece ter sido feito pra você: “Ausência”, do Vinicius de Moraes. Conheci quando era pré-adolescente. Gosto das palavras, das entrelinhas e me encontro na mensagem que traz, de você passar pela vida de alguém para fazer a diferença e depois ser livre para ir embora.

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