Hortência, a ídola do basquete

por Nina Lemos
Tpm #167

Hortência fala sobre os bastidores dos jogos e conta como fez finta na patrulha machista

Ela tem 56 anos e realizou o sonho de muita gente. Não só participou de Jogos Olímpicos como ganhou a medalha de prata em Atlanta, em 1996. Aqui, Hortência fala sobre os bastidores dos jogos e conta como fez finta na patrulha machista.

Tpm. Você ganhou medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta. Como foi subir naquele pódio? Hortência. Depois de ter parado de jogar e ter um filho de apenas 5 meses, voltei a jogar nas Olimpíadas… Levar a medalha de prata pra casa foi espetacular. Para mim ela vale ouro.

Como é o clima entre os atletas nas Olimpíadas? Sempre tive curiosidade de saber como são as vilas. O clima depende muito do objetivo de cada um. Uns querem aproveitar o momento e o fato de estarem lá, já valeu. Outros querem realmente levar pra casa uma medalha, então o foco muda. Na vila tem de tudo: diversão, paqueras, muita comida, gente famosa, homens e mulheres bonitos e entretenimento.

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Você já se sentiu alvo de machismo por ser jogadora de basquete? Quando eu comecei a jogar, o corpo de uma atleta era considerado muito masculino, diferente de hoje, quando todos vão para a academia malhar e deixar o seu corpo como o dos atletas. Teve muita discriminação, mas eu não ligo para o que os outros pensam.

Existe uma pressão danada sobre as mulheres com relação ao envelhecimento. Como é isso para as atletas? O que eu sempre ouço é: “Nossa como você tem um corpo bonito, mas também foi atleta!”. Mas a maior cobrança é mesmo em cima da disciplina e da força de vontade de manter a forma física.

O que você acha de ser chamada de cestinha? Sinto-me orgulhosa quando recebo um elogio, e ser chamada de cestinha é uma grande honra.

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