Mulheres do mundo

por Natacha Cortêz

Exposição fotográfica em São Paulo mostra o cotidiano de mulheres refugiadas

“É preciso que o mundo inteiro compreenda que um refugiado não é um terrorista”, diz a síria Mayada, 50 anos, nos primeiros segundos do vídeo abaixo. Mayada é diretora de departamento na Universidade de Damasco, professora de Francês, casada, mãe de dois adolescentes e refugiada residente na cidade de São Paulo, reconhecida pelo Governo Brasileiro desde 2014.

Ela e mais sete mulheres refugiadas contaram suas histórias e permitiram que suas rotinas fossem fotografadas para o projeto Vidas Refugiadas, criado pela advogada Gabriela Ferraz, mestre em Direitos Humanos e Coordenadora do CLADEM Brasil (Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher), e o fotojornalista Victor Moriyama. A exposição será aberta dia 7 de março, na FNAC da Avenida Paulista.

“Queria que as pessoas pudessem conhecer sobre a condição de refugiados, mas da perspectiva da mulher. Encontramos mulheres que não tiveram outra opção senão abandonar suas histórias e locais de pertencimento para salvar sua vida e preservar direitos fundamentais, como a liberdade. Diferente da imigração, que é facultativa e motivada por razões diversas, o refúgio é a única rota de salvação para quem sofre diferentes violências. Violências essas que podem acontecer de forma generalizada, como na Síria, ou individualmente contra mulheres que passam a ser perseguidas em razão da sua posição social, costumes religiosos, identidade sexual ou apenas pelo fato de ser mulher”, conta Gabriela.

No lançamento, haverá um debate mediado por Gabriela, com a presença do Secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos, o representante da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil, Agni Castro Pita e a nigeriana Nkechinyere Jonathan – uma das mulheres fotografadas.

No site do projeto e no YouTube é possível conhecer a fundo a história de cada uma das oito fotografadas.

Vai lá: abertura da exposição Vidas Refugiadas no Rio de Janeiro
Quando 1 de maio, às 16h
Onde jardins do Museu da República - Rua do Catete, 153
Quanto Entrada Gratuita

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