A não entrevista da semana (e do ano): Jair Bolsonaro

por Nina Lemos

Não, não vamos conversar com esse homem que odeia mulheres e gays e homenageia torturador. E também não queremos olhar pra sua cara

Essa não é a primeira vez que essa revista não entrevista o deputado Jair Bolsonaro. Já não o entrevistamos antes, quando ele disse que sua colega Maria do Rosário “não  merecia ser estuprada.” O deputado também já ganhou alguns dos nossos mais importantes troféus, como babaca do ano, vilão e pessoa sem noção.

Mas, por força das circunstâncias, nos vemos de novo na obrigação de não entrevistá-lo.

Como todo mundo sabe, Bolsonaro dedicou seu voto (eles acharam que estavam ganhando Oscar?) no domingo, quando a Câmara dos Deputados votou o impeachment, ao coronel Ustra, conhecido por ser um dos maiores torturadores do Brasil. Sim, ele homenageou um homem monstro, assassino e covarde. Chocante e revoltante.

Depois disso, muitas pessoas apareceram defendendo Bolsonaro.

Não, gente, alguém que diz que preferia ter um filho morto a um filho homossexual e que “o erro da ditadura foi torturar e não matar” não pode ser defendido.

Desde domingo o Facebook foi invadido por vídeos e fotos do deputado. Muitos queriam denunciar as atrocidades que ele diz e podemos dizer que já temos o suficiente. E é por isso que juramos, jamais vamos entrevistá-lo. E como também não aguentamos mais ver a cara desse senhor que odeia mulheres e gays. Também não vamos publicar uma foto dele.

Lembrem-se de Freud, o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença. Por isso, até nunca, deputado!

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