De Pink Floyd a Bob Dylan

por Stephanie Stupello

Sesc Pompéia promove o projeto Toca Aí com releituras de clássicos da cena internacional

 

Toda quinta-feira o Sesc Pompéia tem promovido o projeto Toca Aí. São bandas fazendo releituras de grandes sucessos da música internacional. Essa quinta, quem sobe ao palco para tocar Pink Floyd é o Instituto, que reúne um coletivo e um selo de música independente direcionados para o hip hop e fusões da música brasileira com a eletrônica. Quem comanda os grupos e artistas solos do Instituto são os produtores: Rica Amabis, Tejo Damasceno e Daniel Ganjaman. Entre os participantes do selo: músicos do pós-mangue beat de Otto, Nação Zumbi, Bonsucesso Samba Clube e Cidadão Instigado, os rappers BNegão e Rappin' Hood. O trabalho do Instituto consiste em dar casa, estúdio e produção para toda essa galera.

Já nas próximas quintas tem: Forgotten Boys tocando Rolling Stones, The Mockers balançando a choperia ao som de The Beatles e Vanguart misturando seu folk-rock caboclo com o marcante folk de Bob Dylan.

Um dos integrantes do Núcleo de Música e Artes Cênicas do Sesc Pompéia, Wagner Perez, conversou com a Trip sobre o projeto:

O que inspirou a idealização do projeto?
O projeto, criado pelo Núcleo de Música e Artes Cênicas do SESC Pompéia, é mais um desafio, ou quase uma "brincadeira", que propusemos às bandas participantes. Como janeiro é um mês de férias, uma época mais descontraída, pensamos em trazer para nossos palcos esse clima. Assim convidamos bandas de destaque da nova cena musical para apresentarem músicas de bandas seminais do rock, acreditando que tanto o público quanto as bandas irão se divertir durante os shows. 

No que foi baseado a escolha das bandas?
Primeiramente elencamos 4 bandas que, ao nosso ver, são de grande importância na história do rock. Com os nomes em mãos (Pink Floyd, Rolling Stones, Beatles e Bob Dylan) chegar nas bandas brasileiras foi teoricamente fácil. Para ficar em um exemplo, se pensarmos no Vanguart, com seu "folk rock cabloco", fica claro o porquê do convite para que eles interpretem canções de Bob Dylan.
Porém, diferentemente de um projeto de "covers", o que pedimos às bandas foi que criassem novos arranjos para as canções. Daí o caráter de desafio que mencionei anteriormente, ou seja, foi proposto para as bandas que elas interpretassem esses clássicos do rock'and'roll a sua maneira.

Por que o Instituto para tocar Pink Floyd?
O nome do coletivo Instituto surgiu naturalmente ao pensarmos em que convidar para interpretar as canções do Pink Floyd. A trajetória deste grupo britânico é marcada pela psicodelia, pelo uso de efeitos e de diversas camadas sonoras em uma mesma canção. O Instituto, em seu núcleo básico - o trio de produtores Rica Amabis, Tejo Damasceno e Daniel Ganja Man - também traz essas características em qualquer som que produzem ou compõem. Além disso, levamos em conta também a reconhecida qualidade do grupo para "encarar" esse desafio.

Toca Aí
Quando: 7, 14, 21 e 28 de janeiro; às 21h
Onde: Sesc Pompéia (Rua Clélia, 93, Pompéia, São Paulo, São Paulo; telefone: 3871-7700)
Quanto: R$ 4 a R$ 16

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