por Redação

’Surf & Beach Show’, ’Rio Surf International’, ’Os Novos Limites do Surf’ e ’Super Surf’ no prato

O título está associado à feira, mas também, e principalmente, à variedade de eventos e assuntos que vou tentar temperar a seguir. A feira é a Surf & Beach Show, que acontece pelo oitavo ano e que atrai para São Paulo pessoas ligadas ao esporte e à moda praia de todo o Brasil e do mundo. Surfistas do porte do bicampeão mundial Tom Carrol, do atual campeão do Eddie Aikau, Ross Clarke Jones, vêm prestigiar, por força de contrato ou por prazer, o evento realizado no Centro de Exposições Imigrantes. Outras figuras de destaque como Taj Burrow e Michael Lowe anteciparam a chegada ao país, onde irão (ou iriam - leia notas) disputar o Rio Surf International, para cumprir agenda do patrocinador. Na segunda-feira filmaram uma sessão de surfe em Maresias que resultou na baixa de um integrante da equipe, Danilo Costa. Terceiro colocado no ranking de acesso, WQS, e provável participante do mundial do Rio, Danilo teve um entorse no tornozelo que vai deixá-lo de molho por alguns dias. No embalo da feira, que termina nesta sexta-feira, um evento vai reunir nesta quinta jornalistas ligados ao esporte, eu inclusive, para debater com o big rider Laird Hamilton 'Os Novos Limites do Surf', e, no fim de semana, em Maresias, Picuruta Salazar, recém-chegado da África do Sul onde foi filmar para o longa 'Surf Adventures', vai tentar o tricampeonato no Legends, campeonato para surfistas com mais de 40 anos de idade ou 25 de surfe. E o palmito desta salada foi a terceira etapa do Super Surf, encerrada domingo em Ubatuba, SP, a melhor da história recente do circuito brasileiro. Desde o início da prova, as ondas em Itamambuca tiveram qualidade. Os seis integrantes do WCT que participaram da prova suaram para passar algumas fases e não foram além das quartas-de-final. Renan Rocha e Romeu Bruno aproveitaram a folga antecipada e ensaiaram um tow-in no meio da praia. Os locais, apoiados pela torcida, promoveram alguns dos melhores momentos da prova, como a bateria na qual Costinha derrotou o tricampeão brasileiro Peterson Rosa e o desempenho de Francisca Pereira, que só perdeu na final para Andréa Lopes. Campeonato com ondas boas repercute. As imagens da vitória de Dunga Neto rapidamente estavam na TV, e o público, os organizadores, os patrocinadores e os competidores saíram elogiando. Estes últimos com uma ressalva, as habituais reclamações com os critérios de julgamento. Ainda na primeira etapa deste ano, em Saquarema, RJ, um amigo comentou: 'mandar banana (o gesto com os braços) vale um ponto', se referindo às reclamações que começam ainda na água. Mas não é só aqui. Victor Ribas, terceiro do mundo em 99, o melhor resultado de um brasileiro no WCT, foi bem mais longe ao expressar sua discordância com os juízes sobre uma interferência nas quartas-de-final do WQS das Ilhas Maldivas. Indignado com a decisão e sem receber explicações do head judge, o também brasileiro Renato Hickel passou a atirar pedras na cabine dos juízes acabando por ferir um fotógrafo. Abatido com a desclassificação do Tour que disputava há 10 anos, separado da mulher e alegando dificuldades financeiras, Vitinho agora vai ser julgado e pode ser suspenso por um bom tempo. O molho azedou.NOTASPOLITICAGEM RASTEIRANa véspera do período de espera do Rio Surf International, o sr. Rui Cezar, secretário de esportes do Rio, resolveu cobrar o relatório das contas do evento do ano passado, realizado na gestão de Luiz Paulo Conde. A prefeitura, hoje com Cezar Maia, é a patrocinadora, junto com a Coca-Cola, e não liberou os R$ 500 mil comprometidos há meses. O evento está ameaçado, o prazo para a confirmação termina nesta sexta às 16 h. Caso o dinheiro apareça, a 14ª edição da prova tem até a próxima quinta-feira para ser concluída. O fato de os atuais responsáveis pela organização da prova terem apoiado Conde em sua campanha ajuda a explicar o porquê da exigência, que ameaça não só a etapa deste ano como as próximas.SUPER BAIXAO provedor de internet Yahoo, que vinha patrocinando o Super Surf, teve que deixar o circuito porque um fabricante de pranchas do Rio Grande do Sul tem o registro da marca para eventos esportivos.
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