Circuito Latino de surfe

por Redação

Seja no Chile, México, Panamá ou Brasil, o surfe latino está confiante no seu desenvolvimento técnico e comercial

Pela primeira vez na história, o circuito da ALAS (Associação Latinoamericana de Surf) passará por terras brasileiras. O motivo para a ausência das etapas por aqui até agora era claro: “O circuito da ALAS é a única oportunidade para os países com ondas, porém com menos infra-estrutura, desenvolverem seus expoentes no esporte”, avalia o organizador Rosaldo Cavalcanti. Isso acontece com Costa Rica, México ou El Salvador, por exemplo. Para esses países, mesmo com suas ondas perfeitas, é complicado competir com um país que tem o maior circuito de surfe regional do mundo, o SuperSurf, e um mercado de surfe mais bem estruturado. Agora essas barreiras serão reduzidas. O Rio Latin Pro Surf 2007, na Prainha, começa hoje e vai até domingo, e, no futuro, pode se tornar uma das provas da tríplice coroa brasileira, com etapas no Rio, São Paulo e Santa Catarina.

O circuito da ALAS serve, entre outras coisas, como importante mecanismo de desenvolvimento do surfe nos países da América Latina. Desenvolvimento esse alavancado depois da bem-sucedida etapa chilena no WCT 2007, em Arica. A única restrição da associação é com relação aos surfistas top-50 do Brasil, basicamente os que participam do WCT, WQS e SuperSurf. Isso acontece devido à disparidade técnica entre os atletas. A idéia é colocar novos brasileiros no cenário competitivo, entre eles, nomes como Ernesto Nunes e Alejo Muniz são destaques.

A ALAS promove 15 etapas do México à Argentina e, como até agora o Brasil tinha pouca divulgação desse circuito, muitos desconhecem atletas como Martin Passeri, da Argentina, ou Angelo Lozano, do México – tops do circuito que chegaram ao Rio alguns dias antes da quinta parada do tour para treinar. Outro conhecido do surfe mundial, que está entre os competidores da ALAS, é o chileno Diego Medina, dono do prêmio de maior onda surfada na remada oferecido pelo Billabong XXL em 2006. A etapa tupiniquim acontece com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Lei Pelé. “O Brasil precisa ocupar o seu espaço nas Américas”, diz Rosaldo. Sobre a diferença nas ondas brasileiras e sul-americanas em geral, a expectativa é que essa diversidade só enriqueça os atletas.
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