TREKKING NOS LENÇÓIS MARANHENSES (MA)

por Redação

5 dicas para você aproveitar ao máximo a experiência

ONDE FICA

Os Lençóis Maranhenses localizam-se no litoral leste do Maranhão. A cidade mais próxima a um dos principais cartões-postais do Brasil chama-se Barreirinhas. Fica a 252 quilômetros de São Luís, capital maranhense. A partir de Barreirinhas, de carro ou de barco, chega-se a Atins. A partir de Atins, em mais 1 hora e meia de caminhada, finalmente se alcança o Canto do Atins, local do início do trekking. Não há transporte regular. É preciso se informar na praça de Barreirinhas ou ir com uma agência de viagem especializada no roteiro, como a Venturas (11) 3879-9494,

(www.venturas.com.br).

QUANDO IR

A melhor época para conhecer os Lençóis e, principalmente, fazer o trekking é de junho a setembro, quando as chuvas rareiam, mas já fizeram seu papel de inundar a região de lagoas. Ótima ideia é casar a caminhada com noites de lua cheia.

O QUE LEVAR

Como o trekking atravessa lagoas e rios, o melhor calçado é a papete. Há um leve risco de você se incomodar com a areia em contato com os pés, mas tênis e botas não são práticos. Os mais descolados podem ousar caminhar descalços, já que boa parte do percurso é sobre areia fofa. Uma lanterna de cabeça pode ser útil, porque nos povoados não há luz elétrica e em dois trechos a caminhada começa antes do nascer do sol. Outra ideia é levar uma mochila tipo camelbag, já com um recipiente térmico para a água. Não deixe também de levar óculos escuros e um boné com proteção para a nuca, do tipo expedicionário. Protetor solar e repelente também são obrigatórios.
 

PALAVRA DE QUEM CONHECE

“As dunas e as lagoas dos Lençóis Maranhenses parecem unidas virtualmente por algum programa de computador – é difícil acreditar que um cenário de deserto pode ser recheado de piscinas naturais. Caminhar com o pé na areia e, logo ali adiante, encontrar uma lagoa de água cristalina para mergulhar e se refrescar é um prazer que nenhum outro trekking proporciona. Mais surreal ainda é encontrar moradores no meio desse areal – gente simples que vive de mãos dadas com a natureza e que te recebe de braços abertos para uma deliciosa refeição e uma confortável noite de sono na rede”, conta Henrique Skujis, jornalista especializado em viagens, que fez este  diversos outros trekkings pelo mundo, como o que leva ao campo-base do Everest, no Nepal, e o que chega às Torres del Paine, no Chile.

ONDE FICAR

Durante a caminhada, acampa-se em redes nas casas dos moradores dos vilarejos, como Baixa Grande, Queimada dos Paulos e Queimada dos Britos. Em São Luís, durma no Portas da Amazônia (rua do Giz, 129; tel.: (98) 3222-9937; www.portasdaamazonia.com.br), instalado em uma casa estilo colonial de 1839, no centro antigo da cidade. No fim do trekking, em Santo Amaro, procure pelo Solar das Gaivotas (www.facebook.com/PousadaSolarDasGaivotasSantoAmaroMa)
 

O QUE COMER

As refeições são feitas nas casas dos moradores dos vilarejos encontrados no caminho. Pode ser uma galinhada, uma carne-seca, uma macarronada, um prato de arroz com feijão. No Canto do Atins, não deixe de provar o camarão grelhado. Se tiver coragem, prove a tiquira, uma forte aguardente de mandioca.

 

PASSEIO IMPERDÍVEL

Em São Luís, antes ou depois do trekking, não deixe de andar muito pelo centro antigo da cidade. São 4 mil imóveis tombados, sendo mais de mil reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Mundial. O conjunto arquitetônico foi construído entre os séculos 18 e 19 e tem revestimento de azulejos portugueses. Reserve algumas horas para conhecer a Casa do Maranhão, um museu com acervo sobre a história do bumba meu boi e suas variantes. À noite, você há de encontrar um bom bar tocando reggae. Em junho, o bumba meu boi toma conta das ruas da cidade.

Créditos

Imagem principal: Valdemir Cunha

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