Trekking no Tapajós, em Alter do Chão (PA)

por Redação

7 dicas para você aproveitar ao máximo a experiência

Onde fica

Alter do Chão é distrito – de 7 mil habitantes, a 38 quilômetros – de Santarém, que por sua vez está a 1.457 quilômetros de Belém (PA). O lugar é famoso pelas praias de areia fofa e água cristalina do Tapajós, um rio de 1.992 quilômetros que nasce na divisa dos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso e morre no rio Amazonas. As trilhas de trekking ficam na Floresta Nacional do Tapajós (FLONA), uma unidade de conservação federal de uso sustentável de comunidades como Maguary (a 2h30 de barco de Alter do Chão) e Jamaraquá (a 2h50).

Quando ir

É possível fazer trekking na Floresta Nacional do Tapajós durante o ano todo. Entre os meses de março e junho é maior probabilidade de chuvas, mas nada que atrapalhe a caminhada. Na época de seca (de agosto a janeiro), surgem as belíssimas praias de rio de Alter do Chão. O auge da alta temporada acontece em setembro, na Festa do Çairé: uma animada disputa entre os botos cor-de-rosa e tucuxi, algo parecido com o embate amazonense de bois da Festa de Parintins.

O que levar

Roupas leves, de cores claras e fácil movimentação. Calça comprida, tênis ou bota de caminhada, repelente, protetor solar, câmeras de foto e vídeo. Chapéu ou boné também são indicados. Para os meses com mais chuva, uma boa capa dá conta do recado.

Palavra de quem conhece

“A trilha de Maguary tem aproximadamente 13 quilômetros; uma caminhada de umas 6 horas. Jamaraquá é um pouco mais curta: são 9 quilômetros em 4 horas. Boa parte das trilhas é plana. Nos primeiros dois quilômetros há uma subida leve. Nessas caminhadas, você tem a chance de chegar aos pés de uma sumaúma – uma árvore gigante, de seus 800 anos de sabedoria. Ficamos em silêncio, escutamos a Vovó (como a sumaúma da trilha de Maguary é chamada) falar. O que há de mais emocionante em caminhar na região da Floresta Nacional do Tapajós é o canto das aves, os sons dos insetos, o frescor e o silêncio da mata. Você sendo acariciado pela mãe natureza”, comenta o argentino, nascido em Ituzaingó, Jorge Bassi, de 50 anos. Ele mora em Alter desde 1997. A agência Mãe Natureza organiza trekkings na região com guias locais, verdadeiros professores de botânica e zoologia da selva. Tel. (93) 3527-1264 / 9131-9870 / www.maenaturezaecoturismo.com.br.

Onde ficar

Beloalter Hotel: piscina e praia particular no Lago Verde. Além de suítes tradicionais, há também dois quartos chamados “casa na árvore” – nome muito apropriado, já que ficam pendurados em um angelim. Rua Pedro Teixeira, 500. Tel.: (93) 3527-1230. www.beloalter.com.br .

O que comer

Tucunaré, pirarucu e outros peixes frescos preparados com receitas tradicionais da Amazônia. O restaurante Carauary, no Hotel Belo Alter, é referência na cidade. Rua Pedro Teixeira, 500. Tel.: (93) 3527-1230.

Passeio imperdível

A Ilha do Amor, no centro de Alter do Chão, é ponto de partida para passeios de caiaque e também para a caminhada de cerca de uma hora até o pico da Serra da Piroca. De lá, um belíssimo mirante natural do Lago Verde, do rio Tapajós e do tapete de mata que forra a superfície até onde a visão alcança. No entanto, o dia não está completo em Alter sem o pôr-do-sol na Ponta do Cururu (a 15 minutos de barco a motor do centro): hora em que os botos dão as caras e os macacos guariba fazem a festa na selva. 

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